Incontinência Urinária, Pilates pode ajudar?

Assoalho pélvico e Pilates.

Um estudo realizado na Unicamp em 2014 com 622 mulheres em idade media de 62 anos, comprovou que 52,3% desse público apresentou Incontinência Urinária; ou seja, a incapacidade de controlar os esfíncteres (musculatura circular que envolve a uretra, vagina e reto), promovendo sua abertura e seu fechamento.

Esse controle se dá através do assoalho pélvico, um conjunto muscular disposto de forma horizontal, formando uma tela na parte final do tronco, tendo como principais funções: segurar os órgãos na cavidade abdominal e controlar o funcionamento dos esfíncteres.

No Pilates essa musculatura é muito importante por se tratar de 1 dos 4 grupos musculares do POWER HOUSE (Casa de Força), onde dizemos que o assoalho pélvico é o chão da nossa casa.

Trata-se de uma musculatura que sofre bastante com o peso que os órgãos exercem sobre ela, somada à ação da gravidade e ainda associada ao peso das gestações, tende a gerar traumas e enfraquecê-la a ponto de não manter contração suficiente dos esfíncteres, levando aos casos patológicos de incontinências.

Na prática do Pilates, o aluno aprende ativar os músculos do Power House e associá-los à uma respiração ativa e coordenada com os movimentos em todas as suas repetições.

Dessa forma, o fortalecimento do assoalho pélvico se torna gradual e constante, sem levá-lo à fadiga, além de que uma série de exercícios direcionados ao fortalecimento direto do assoalho propiciarão um maior controle sobre o funcionamento dos esfíncteres, bem como a manutenção dos órgãos abdominais em seus respectivos lugares, diminuindo a sobrecarga no assoalho, sendo de suma importância para a prevenção ou tratamento das incontinências urinárias e fecais.

por Vanessa Moraes – Instrutora de Pilates, Docente dos Cursos de Formação e Especialização em Pilates – Império Pilates – Dez/2018