Você precisa parar de achar que Pilates é tudo igual! Existem várias linhas e Metodologias

O Método foi criado por Joseph Pilates em meados de 1920 e a sua base é formada por 6 Princípios Clássicos: Concentração, controle, fluidez, precisão, respiração e power-house. Estes princípios devem estar presentes em cada repetição de movimento para que seja Pilates, não existe repetição de série, apenas uma série de 8 a 12 movimentos e apesar de a maneira de respirar poder mudar entre uma escola e outra, a inspiração será sempre profunda e a expiração ativa e igualmente profunda.

Joseph criou 34 exercícios de MAT (solo) e a partir deles, adaptou e criou os exercícios de STUDIO (aparelhos) e são destes exercícios que todos os outros se originaram.

A chegada do método ao Brasil foi em meados de 1995 com o Pilates Clássico e de lá para cá, basicamente, temos 3 Linhas: Pilates Clássico, Pilates Contemporâneo e Pilates Clínico.

Pilates Clássico: é o que mais mantém a parte metódica da coisa toda. Seu público inicial foram os bailarinos e por isso tem essa beleza e padrão. Segue uma sequência padronizada e realiza apenas os 34 exercícios clássicos e suas variações do Studio e os movimentos devem ser executados sempre da mesma maneira e posicionamento até que se consiga a perfeição em sua execução.

Pilates Clínico: Utiliza os aparelhos e as bases do método para promover exercícios direcionados a reabilitação de um segmento, porém muitas vezes o aluno não tem uma aula completa e global, apenas exercita o membro afetado pela patologia e isto afeta bastante a eficiência do método como um todo, porém não diminui a eficiência no segmento.

Pilates Contemporâneo: Além dos Princípios Clássicos, o Pilates contemporâneo foi um pouco mais a fundo na questão de comprovar a eficiência do método e entender melhor o músculo transverso do abdômen e desenvolveu 5 Fundamentos Biomecânicos: (Posicionamento da Cabeça e Pescoço, Posicionamento e Estabilização das Escápulas, Posicionamento da Pelve, Posicionamento da Caixa Torácica e Respiração Tridimensional).

Com os fundamentos, conseguimos detectar as fraquezas musculares, encurtamentos e dificuldades sofridas pelos alunos para traçarmos melhor os objetivos de aula, bem como mostrar ao aluno a origem de suas queixas.

Joseph foi um grande aluno também, pesquisou, praticou e estudou a fundo cada método que ele acabou por englobar ao seu, mas há 100 anos, de alguma forma, ele achava que a coluna vertebral quando vista de perfil não devia ter curvas, e sabemos o quão enganado ele estava, mas nem por isso seu método foi invalidado ou perdeu seu valor, pois descobrimos o quanto ele estava certo quanto ao POWER-HOUSE, mas não envolvendo uma coluna RETA e sim uma coluna NEUTRA, pois nesta posição o músculo transverso do abdômen tem sua maior força de contração e estabilização da coluna lombar.

Por esta razão, no contemporâneo os exercícios clássicos podem ser adaptados a cada aluno dentro de sua possibilidade de realização confortável, até que obtenha a força necessária para executá-lo cada vez mais tranquilamente e sem compensações.

Essas adaptações acabam seguindo caminhos diferentes através de olhares diferentes fazendo com que a Linha Contemporânea tenha várias Metodologias: A nossa que é o Pilates Postural, o Pilates Aéreo ou Suspenso, o Pilates Funcional, o Ballet Pilates, o Baby Pilates, entre outros.

Portanto, mantendo-se as Bases do Método Pilates e não apenas utilizando os aparelhos ou solo para fazer “exercícios físicos”, mas para criarmos aulas inteligentes no propósito a qual cada linha atua, essa grande diversidade de públicos poderá, cada vez mais, ser alcançada por todos nós. Pilates é para todos, descubra qual é o seu?

Confira e marque uma aula experimenta conosco!
 por Vanessa Moraes – Docente dos Cursos de Formação e Especialização em Pilates – Império Pilates – Mar/2021.