Como incentivar seu aluno idoso “teimoso” a fazer o Pilates?

Sabemos que praticar uma atividade física, seja ela qual for, não é tarefa fácil, afinal precisa de muita disciplina e ânimo para conseguirmos manter a prática de forma regular, principalmente para o público da terceira idade que passou grande parte da vida no sedentarismo.

Eu trabalho com esse público desde 2000 quando me tornei fisioterapeuta, e a principal queixa sempre foi financeira, a dificuldade de separar uma parte de sua renda para tratar da saúde de forma preventiva, enquanto está bem, é muito difícil para a maioria das pessoas, porém em algum momento haverá um preço a pagar, tendo em um certo momento, que cuidar da doença e aí as opções vão ficando mais restritas.

Porém, os outros alunos em que o motivo não era financeiro, a resposta número um entre eles é que estão não estão acostumados a serem cuidados e sim a cuidar, e acham que não merecem que sejam gastos, dinheiro e tempo com eles, afinal os mais jovens da família é que precisam de exercícios, eles ainda têm uma vida inteira pela frente!

Precisamos mostrar como o Pilates pode mudar a vida de seu aluno completamente, onde através das mobilidades, minimizamos as dores, das flexibilidades, melhoramos as amplitudes de movimento e pela força, a estabilidade, equilíbrio e resistência, que eles tanto precisam nesta fase da vida.

Para isso, ele precisa ter constância, principalmente nos três primeiros meses, para criarmos memória muscular e ele fazer do Pilates uma rotina inquebrável, como escovar os dentes, almoçar, etc.

Pergunte ao seu aluno da terceira idade, qual sua música ou cantor favorito e faça uma playlist de tudo o que ele gosta para hora de suas aulas. A música acolhe, ativa as memórias, independentemente de onde esteja, ouvindo as músicas que gostam, eles relaxam, vão se soltando cada vez mais, gerando amplitudes de movimentos maiores sem desconforto, liberam endorfinas e serotoninas, criando uma sensação de bem-estar.

O mais legal, é que sempre vem alguma história sobre a música, o que ela fez lembrar ou sentir, e isso aproxima muito aluno e instrutor, é claro que o aluno não deve falar enquanto executa, mas nos momentos de descanso ou de troca de exercícios, somos acarinhados por suas lembranças.

Agora cuidado, o público da terceira idade, apesar de ser “fofo” ele pode consumir a sua aula todinha contando suas deliciosas lembranças e passando receitas “maravilhosas”, porém nada fitness, só para poderem ganhar tempo ou ficar na moleza!

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por Vanessa Moraes – Docente dos Cursos de Formação e Especialização em Pilates – Império Pilates – Setembro/2021.