• Fibromialgia – Pilates pode ajudar?

    Fibromialgia – Pilates pode ajudar?

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    O que é fibromialgia?

    Sabe-se que a fibromialgia é uma doença reumática não articular, que acomete a musculatura em geral, caracterizada por queixas dolorosas em pontos específicos, ou em regiões como pescoço, coluna lombar, membros inferiores. Essa dor acontece como uma queimação ou mal estar estando associada a um quadro de fadiga crônica, distúrbios dos sono, depressão e alterações gastrintestinais.

    Estima-se que de 2 a 8% da população seja acometida, sendo que da população atingida, 80 a 90% dos casos são de mulheres entre 20 e 50 anos de idade.

    Pesquisadores acreditavam que a Síndrome era causada por um descontrole na forma como o cérebro processa os sinais de dor. Porém, pesquisas recentes, liderada pelo neurocientista Dr. Frank L. Rice, descobriu-se que pacientes com fibromialgia, tem excesso de fibras nervosas sensoriais ao redor dos vasos sanguíneos das palmas das mãos. Inicialmente achava-se que essas fibras apenas regulavam o fluxo sanguíneo da mão, mas esse fluxo de sangue mal administrado pode ser a fonte das dores musculares e da fadiga crônica.

    Pilates x Fibromialgia:

    Particularmente, tive uma aluna com fibromialgia e sabemos que a dor é a maior restrição que podemos encontrar na hora de montarmos uma aula.

    Um dia, essa aluna chegou ao studio totalmente impossibilitada de fazer aula. Na escala visual da dor, apontou estar sentindo entre 9 e 10 e disse que iria embora. Pedi a ela que ficasse, se ela já tinha ido até lá, significava que estava procurando por ajuda.

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    Tinha ela e mais um aluno naquele horário, então a levei ao caddilac e disse que a colocaria deitada, na posição mais confortável que conseguíssemos, com travesseiros, rolinhos e tatus e que ela ficaria descansando por 20 minutos e fui dar aula ao outro aluno.

    Passado o tempo, com a ansiedade e o medo de se movimentar, mais controlados, expliquei que faríamos apenas 20 minutos de exercícios de mobilidade e flexibilidade, de forma bem lenta e controlada, com amplitudes dentro de um limite menor do que o normal, sem que disparássemos qualquer desconforto muscular tanto em alongamento como em fortalecimento e que a qualquer momento poderíamos encerrar e irmos direto à massagem final.

    A aluna conseguiu realizar todos os exercícios propostos e partimos para a massagem, para terminarmos de relaxar a musculatura que ainda estava tensa.

    Ao final, perguntei como se sentia e pedi que apontasse a escala novamente. Ela disse se sentir bem melhor e apontou estar com dor entre 3 e 4.

    Temos em nossas mentes que dores acima de 7 já são suficientes para não darmos aulas, muitas vezes na fibromialgia, as dores estão sempre acima disto e de forma generalizada, sendo assim, vai de nossa sensibilidade e possibilidade do Studio em poder dar uma atenção especial a esses alunos, pois como a depressão está ligada intimamente a esse distúrbio, as chances de eles se desestimularem a praticar exercícios físicos e assim, deixarem de conseguir uma atenuação do seu quadro, é muito grande.

    Agora sabendo dessa nova pesquisa, devemos nos ater a posições confortáveis das mãos, evitar pegadas que gerarão muita pressão com as mãos fechadas, evitar possíveis garrotes gerados pelo theraband e exercícios de suspensão, além de sempre estarmos atentos aos limites exigidos e as resistências aplicadas a esse aluno.

    Vanessa Moraes da Equipe Império Pilates
    Fisioterapeuta – CREFITO: 3/50894 – F

    Veja tambem:

    Curso de Pilates para Professores

    Aula de Pilates para Alunos

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